Luciana Quintão de Moraes nasceu em 28 de maio de 1993. É poeta carioca da zona norte e graduanda em Letras pela Unirio. Participou do Coletivo Oficina Experimental de Poesia (2017-2018). Possui poemas publicados na Revista Digital de Arte Independente Caminhos Poéticos e na Revista Mallarmargens. Está com um livro-projeto sendo editado: "2020 pirilampos". Também se vê como uma aprendiz da vida e do teatro. Publica seus poemas no blog desdeopeitovida.blogspot.com.
"Apartamento", Gonzalo Sicre (1967-)_ diálogo ecfrástico
Poemas de transposição ecfrástica
Luciana Quintão de Moraes
Virada do mês/ da mesa/ dos meios
,)
Vermos Plêiades no atlas aberto
enquanto o besouro passa na cortina
e no quarto (,
dias asfixiados
informes
destinados, sim
à experiência intrauterina das cores
como na rua deserta
noite iminente
apenas na presença
do
poste e árvore
mundo constelado
submundo dos segundos:
Maria acalentando seu bebê
Joana esperando
ver o lindo Sol
no rosto único /sede/
/assim/ da expressão /qualquer/
interna dança /coisa/
do infinitesimal /serena/
tempo do sopro
E colorir é a raiz da equação que
perdemos
entre a ação da britadeira e a
combustão
dela A floresta
E colorir é raro
morre
E colorir é rápido
sonho
E colorir é a razão
E
E colorir
E colo
E c o
E se
,)
Vermos Plêiades no atlas aberto
hoje (,
"Meninos brincando'', de Candido Portinari - 1958. Diálogo ecfrástico ao som de músicas selváticas.
Jogada
ũxehe
Não aço,
niños
Xa
num pulo entre beco
s nos salva[guardar]
nas páginas da jan/ela/
Voo
Tamborilam meus-teu
s Neons da pele:
elos entrecortados de aventuras
Vooo
Por eso, garap
a, sonham nossos dias e ninho
s pegaditas nativas
Xa
meu carinho pra te ver
Sim_ dar em Sol
encontrar a face dos céus
Voooo
Cada sonido
por Lá resolver os Chumbos
Pela narração das ÁrVorEs
Xa
O'Brasil com jenipapo
A ver não transformado em nuven
s Língua como a cor quiser
Tendo o café com jeito n
o astrolegado da selva:
as_s_obio_ssom_os
Não dó
"Arara'', Diomar Lustosa (1967-), artista tocantinense. Recriação ecfrástica e singela homenagem a Aldir Blanc.
Retirar o véu no frio /
Mundo belo por trás do véu
Seria preciso somar
cada raiz
aos eventos infrutíferos?
no apelo: olhar da arara
Cerne do mosaico de dias
e noites: abandonados na cegueira
Branca, tão fria_ pétrea
Refulgir outra vez
estrelas claras, o arre-Pio
no quintal versus
Amarelaços se distribuindo
SonhUm Tempo
, , Espécie de tempo ,,
Em que (sem ponto)
Tik yũm
-----Sempecilhos-----
Sentindo o aroma do mar
E mais: entre: nova estação
se Ver ofarfalharda mu-dança
os peixes
P-tup este
S ilvar d o cant o
A cento criad o
por eleRes
no mascar do entRessonho
do p-tup
Outra história, os peixes
Ururau abrindo a boca
rra/ Quer te conhecer
Mas se o Brazil não conhece
O Brasil
:querelas nopoçoimundo
pãyã se o Brasil...
O s p eixes que
realizam seu retrato
Pois p re ci sa se regenerar
Pois precisa se re ge ne rar
Trabalho/ Protagonismo do corpo